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Só neste ano, OAB de AL já recebeu mais de 10 denúncias de homofobia

Conforme dados da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero, duas delas foram recebidas em apenas uma semana, cujos casos teriam ocorrido na capital

15/07/2022 14h14 - Atualizado em 15/07/2022 às 14h14
Só neste ano, OAB de AL já recebeu mais de 10 denúncias de homofobia
Só neste ano, OAB de AL já recebeu mais de 10 denúncias de homofobia
A Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) recebeu, nesta semana, duas denúncias de homofobia praticadas em Maceió. Em um dos casos, a vítima foi agredida verbalmente por um personal trainer em uma academia situada no bairro da Pajuçara. Com esses novos relatos, a OAB/AL contabiliza 11 denúncias deste tipo somente neste ano, sendo cinco casos entre os meses de junho e julho.

De acordo com Marcus Vasconcelos, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL, a primeira denúncia diz respeito a uma situação ocorrida dentro da casa da vítima, um jovem de 22 anos que foi hostilizado pelo próprio pai e expulso da residência em que morava. Ele procurou a Ordem para poder acessar o imóvel e, então, pegar os seus pertences.

Os membros da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL, com o apoio da Polícia Militar, acompanharam o rapaz até a casa e o levaram, em seguida, à residência da avó, onde a vítima passou a morar. Todo o processo aconteceu de forma tranquila, sem nenhuma intercorrência.

O segundo episódio relatado ocorreu em uma academia, no bairro da Pajuçara. A vítima, que já havia sido xingada pelo acusado, foi mais uma vez alvo de palavras de baixo calão relacionadas à sua orientação sexual. Por ignorar o que o agressor estava dizendo, a vítima, um homem de 40 anos, por pouco não foi agredida fisicamente.

Junto com a advogada, ele também procurou a comissão para cobrar da academia um posicionamento em relação ao episódio, tendo em vista que, até o momento da denúncia, o estabelecimento não havia adotado nenhuma postura diante do caso de homofobia. Apesar de o agressor ser personal trainer terceirizado, a vítima quer que ele seja punido pelo que fez e que deixe de frequentar o ambiente de forma permanente.

“Até o momento, a academia não tomou nenhum posicionamento contra o agressor. E a vítima, com medo, é que deixou de ir para a academia. Ele até chegou a ir ao local após o ocorrido, mas os funcionários e outras pessoas que frequentam o ambiente não quiseram falar com ele para não parecer que tinham tomado ‘partido’ da situação”, relatou Marcus Vasconcelos.

Agora, a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero vai enviar um ofício para a academia, solicitando informações. Caso não haja resposta, os membros da comissão, juntamente com a vítima e a advogada dele, vão, presencialmente, até o local onde ocorreu o fato para conversar com a administração da empresa. A vítima fez um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil contra o agressor.

Para Chistine Mero, integrante da Comissão Diversidade Sexual e Gênero, o acolhimento feito na Ordem faz com que as pessoas que integram a comunidade LGBTQIA+ se sintam acolhidas e passem a acreditar que as demandas serão tratadas de forma respeitosa.

“É muito importante esse acolhimento que realizamos aqui, porque a sociedade sabe onde procurar ajuda. As pessoas da comunidade se sentem muito desnorteadas, desamparadas, e aqui elas sabem que têm o apoio da comissão e que vão ser bem atendidas, que as demandas serão tratadas de forma respeitosa, acolhedora e que a gente vai cobrar efetividade para o caso. Vamos apurar a denúncia e acompanhar todo o processo para que, realmente, tenhamos respostas. As pessoas chegam angustiadas e saem aliviadas após o acolhimento da OAB, e com o coração cheio de gratidão, porque sentem que tem uma voz por elas”, pontuou Christine.

A Comissão reforça que, de janeiro deste ano até o momento, a OAB já contabilizou 11 denúncias relacionadas à homofobia.

 
FONTE: Por Gazetaweb
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