Nesta sexta (22), a Polícia Civil pediu que a prisão em flagrante de Ruan fosse convertida em preventiva. A polícia alegou que o suspeito não tem respeito pelas instituições e que as medidas aplicadas até o momento não o impediram de continuar cometendo os golpes. A audiência de custódia está prevista para a tarde desta sexta (22), em Palmas.
Segundo um levantamento feito pelo g1, Ruan é suspeito de cometer o mesmo crime desde 2019, em estados como Alagoas, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e no Distrito Federal.
Em Alagoas, Ruan aplicou um golpe em janeiro deste ano. O alvo foi o bar Lopana, localizado na orla de Ponta Verde, em Maceió. Na ocasião, ele foi acusado de consumir aproximadamente R$ 2.100 e não efetuar o pagamento da conta.
À época, a Polícia Civil de Alagoas relatou que os garçons começaram a desconfiar do valor que só aumentando no decorrer do dia. Ele chegou a alegar que era um jogador de futebol.
Ele consumiu bebidas caras no bar, além de "pagá-las" para outros clientes que estavam presentes no estabelecimento. Na hora do fechamento da conta, ele se recusou o pagamento e os funcionários do bar acionaram a polícia, sendo preso.
Golpe em Goiânia
O homem também foi preso em Goiânia (GO), após aplicar o mesmo golpe em outro estabelecimento. A conta passou de R$ 6 mil neste local. O indivíduo consumiu pratos com porção de camarão, frango a passarinho, picanha e bebidas alcoólicas e não-alcoólicas.
Na Praia da Graciosa, ponto turístico de Palmas, no Tocantins, o suspeito chegou por volta das 14h e passou a tarde comendo e bebendo, além de dividir com outras mesas produtos. O estelionatário pediu frutos do mar, garrafas de whisky de até R$ 1,5 mil, gin importado, energéticos e cervejas.
Segundo a assessoria do restaurante, os atendentes desconfiaram do homem após a conta chegar aos R$ 5 mil e solicitaram um valor parcial de pagamento para servir. Após isso, Ruan não pagou e a Polícia Militar o prendeu em flagrante no local.
Ele confessou o crime e foi indiciado por estelionato. No documento que pede a prisão preventiva, o delegado, Rodrigo Saud Auturiano, explicou que Ruan tem 15 boletins de ocorrência pela prática de delitos. O homem cometeu crimes em sete estados e no Distrito Federal.