O diesel deve subir em torno de R$ 1, pressionando o setor de transportes de cargas e de passageiros. O preço do gás de cozinha também seguirá na mesma direção.
Proprietário de dois postos em Maceió, Jarlam Marques informou que a medida tomada pela Petrobras era aguardada com muita ansiedade pelos empresários. Estava praticamente insustentável, segundo ele, manter a tabela atual diante da conjuntura internacional, de aumento dos barris de petróleo, provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Se a empresa não autorizasse o reajuste iria faltar combustível nos próximos dias. Na verdade, já estava faltando nas distribuidoras desde a semana passada. Os pedidos não estavam sendo entregues na totalidade, tendo em vista que as distribuidoras não conseguiam importar”, revela. Ele acrescenta que, com a liberação do aumento, a tendência é que o mercado se acalme e, em no máximo, duas semanas, a oferta seja regularizada no País.
Marques confirmou que, a partir das 5h desta sexta-feira (11), o valor do litro da gasolina e do diesel será repassado ao consumidor. O preço da gasolina deve ficar entre R$ 7,30 e R$ 7,40 nas bombas. Atualmente, o valor médio deste tipo de combustível, em Alagoas, está em R$ 6,49. Logo, o empresário prevê uma corrida aos postos, nesta quinta, dos condutores ávidos para encher o tanque antes da mudança.
A Petrobras anunciou o reajuste após 57 dias sem alterar os valores para as distribuidoras. Esse movimento, segundo a empresa, vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil, que já promoveram ajustes nos seus preços de venda.
Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.
A empresa explicou que, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornaram-se necessários os ajustes nos preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.
A partir desta sexta, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
Para o GLP, o último ajuste de preços vigorou a partir de 09/10/2021, há 152 dias. A partir de amanhã, 11/03, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.