“É um fator novo em relação à ação desses criminosos. É uma carreta, com compartimento secreto embaixo da carroceria, preparado para transportar diversas pessoas. Pode ajudar a polícia Judiciária nas investigações, porque uma das grandes dúvidas que aconteciam após as ações dessas quadrilhas era onde essas pessoas iam, ou onde saiam dos locais dos crimes, visto que muitas vezes eles incendiavam os veículos incendiados utilizados”, destacou Aristides Júnior, chefe da comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais.
De acordo com Júnior, que também é inspetor da PRF, a carreta foi localizada simultaneamente à ação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal em Varginha. Em entrevista coletiva, o Bope confirmou a morte de 25 integrantes da quadrilha de assalto a bancos. Mas conforme informações obtidas pela EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, 26 corpos foram para o IML. No entanto, até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não havia confirmado a 26ª vítima.
“Já havíamos feito um reforço bem intenso na região do Sul de Minas. Durante as rondas das equipes especializadas, foi detectada a presença dessa carreta em um local que não seria comum. Ao tentar fazer a abordagem foram descobertos pequenos fatores que levaram a realmente descobrir essa carreta”, falou.
A apreensão do veículo, conforme o inspetor, pode ajudar para futuras abordagens policiais devido ao compartimento secreto de difícil acesso na carreta.
“Com esse tipo de situação identificada na carreta, a gente consegue descobrir que um veículo pode transportar vários assaltantes sem despertar a curiosidade dos policiais, pois existe um compartimento por baixo da carroceria e sobre esse compartimento eles transportam uma carga normal. Se o policial não tiver a curiosidade de abrir a carroceria, no caso um basculante, que é uma carroceria difícil de se levantar e abrir, eles passariam desapercebidos”, disse.