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21/09/2021 às 11h08min - Atualizada em 21/09/2021 às 11h08min

Em discurso na ONU, Bolsonaro volta a defender remédios já provados sem eficácia contra a Covid-19

Presidente brasileiro abre o chamado 'debate geral', que deve ser dominado por discussões relacionadas ao enfrentamento da pandemia. Presidente dos EUA, Joe Biden, fala em seguida.

Por G1
Bolsonaro discursa na ONU (Foto: Reprodução)

Bolsonaro acaba de falar no plenário da ONU. Entre outros assuntos, ele destacou o que chama de "tratamento precoce", que são remédios sem eficácia contra a Covid.

"Não entendemos por que muitos países se posicionaram contra o tratamento inicial”, disse, defendendo mais uma vez o uso de remédios que já foram amplamente descartados pela ciência como tratamento para o novo coronavírus.

Essa é a terceira vez que Bolsonaro discursa como presidente do Brasil - o representante do país é encarregado de abrir oficialmente a fala dos presidentes mundiais desde 1947.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa após Bolsonaro.

A pandemia da Covid-19 deve dominar grande parte dos discursos. Em 2020, a Assembleia Geral foi totalmente remota por causa da pandemia. Neste ano, parte dos líderes discursará presencialmente e parte gravou a sua participação.

Na volta do evento (semi) presencial, Bolsonaro é o único dos líderes do G20 (grupo das 19 principais economias do mundo e a União Europeia) presentes a dizer que não tomou a vacina contra a Covid-19.

Jornais dos Estados Unidos e do Reino Unido noticiaram que o presidente brasileiro participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) sem ter tomado a vacina.

A sede da ONU onde é realizada a assembleia fica na cidade de Nova York, onde há exigência de um comprovante de vacinação para que as pessoas entrem em ambientes públicos que são fechados (como o saguão onde acontece a reunião).

A prefeitura de Nova York pediu para que os chefes de estado fossem obrigados a comprovar vacinação para entrar no prédio das Nações Unidas, mas o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a entidade não tem como exigir isso.

Na segunda (20), o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, publicou uma foto em uma rede social em que Bolsonaro e parte da comitiva brasileira comem pizza na rua, em Nova York.

A cidade exige, desde 16 de agosto, que as pessoas apresentem comprovante de vacinação contra a Covid-19 para frequentar lugares fechados, como restaurantes, cinemas, teatros e academias.


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