O pai do personal trainer Márcio Victor Possa da Silva, de 34 anos, morto baleado durante o mega-assalto a agências bancárias em Araçatuba (SP), acredita que o filho tenha sido executado após não conseguir se segurar no capô de um dos carros usados pelos criminosos.
O funcionário público aposentado Genival José da Silva disse que, por imagens gravadas por moradores de prédios de Araçatuba, conseguiu reconhecer Márcio.
“Pela imagem que vi, ele está no primeiro carro. Tem um em cima, e ele está embaixo, no capô. Quando os bandidos foram saindo para ir embora, ele foi como escudo humano. Acredito que ele caiu, não aguentou segurar, ou viu a oportunidade e tentou fugir, mas foi baleado por dez tiros”, disse Genival, pai do personal trainer.
Tio de Márcio, o advogado Jaime José da Silva conta que sobrinho voltava de um evento com duas amigas, quando foi surpreendido e abordado pela quadrilha fortemente armada.
“Eles tiraram meu sobrinho do carro. Somente as meninas foram liberadas. Pelo local em que o corpo foi encontrado, chegamos à conclusão de que ele não se segurou. Os bandidos pararam e atiraram. Foram dez orifícios de entrada, salvo engano, e nove de saída”, afirmou Jaime.
Para Fernando Francisco Alves Filho, amigo de longa data da vítima, infelizmente Márcio estava no lugar errado, na hora errada.
“O Márcio era professor de academia e fazia jardinagem comigo. O policial me ligou quatro horas da manhã, perguntando se eu conhecia o Márcio. Falei que sim, que ele trabalhava comigo. O policial respondeu que, infelizmente, o Márcio tinha morrido. Ele era uma pessoa que todos gostavam."