A menina Anna Cecillya, de nove anos, que estava desaparecida e foi encontrada morta no município de Branquinha, no último domingo (26), foi agredida de forma covarde e estuprada pelos dois suspeitos que estão presos. Em depoimento, um deles, o menor de idade, deu detalhes de como ocorreu o crime.
De acordo com o chefe da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), delegado Thales Araújo, o depoimento do menor é compatível com as marcas de violência constatadas pela perícia no corpo da criança. Ela teria sido agredida com um pedaço de madeira na região do crânio e do rosto.
“Houve coleta de material genético, mas a principal evidência é a confissão do menor apreendido. Ele contou o que aconteceu com detalhes e isso deu bastante verossimilhança ao relato, principalmente quando ele fala das lesões. Ele disse que o indivíduo [o maior de idade, namorado da tia da criança, e que também está preso], fazendo uso de uma pedaço de madeira, desferiu golpes, o primeiro deles na base do crânio, e isso é 100% compatível com as lesões aferidas nos exames técnicos, e depois teria dado dois golpes na face da vítima, e isso também é compatível com os exames”, afirma o delegado.
Ainda segundo Thales Araújo, o menor, em depoimento, não deu detalhes da motivação do crime, apenas imputou ao maior os atos de violência que resultaram na morte da criança.
"O menor confessou toda a sistemática do crime, não deixou claro a motivação, mas ele descreveu com detalhes toda a ação, desde o momento que ele convida a criança a pedido do maior e praticam violência sexual contra ela. O menor imputa ao maior os atos de violência que ceifaram vida dela. A riqueza de detalhes foi tão grande que foi possível confrontar o depoimento dele com o que foi relatado pela perícia", fala a autoridade policial.
Os dois suspeitos presos não têm nenhum tipo de relação, apenas moram na mesma comunidade. O menor era vizinho da criança e o maior estava namorando a tia da vítima, que havia conhecido há 15 dias pela internet. Ele é natural de Goiás.
O menor afirmou que foi obrigado a participar do crime, sendo ameaçado pelo mais velho em relação à prática do estupro. Segundo o delegado, não há suspeita de participação de uma terceira pessoa na morte da criança, embora exista a possibilidade. O caso segue sendo investigado.
