Marcos Guedesda CNN. São PauloQuatro homens foram presos na manhã desta quarta-feira (3), em São Paulo, sob a suspeita de integrarem uma quadrilha especializada em roubo a condomínios de alto padrão em várias cidades do Brasil. Um dos suspeitos já era procurado pela Justiça por outros crimes.
A operação foi realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em conjunto com a Divisão Especializada de Investigações Criminais de Araçatuba. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em endereços na Baixada do Glicério, na região central, e no bairro do Carrão, na zona leste da capital paulista.
Nos locais das buscas, a polícia apreendeu celulares, notebooks, dinheiro em espécie, joias, relógios de marcas de grife, bolsas de lojas famosas, entre outros objetos de valor.
A investigação revelou que os suspeitos invadiam casas de alto padrão em condomínios nas cidades de Barretos, Leme, Marília, e Bauru, no interior de São Paulo, e também em Campo Grande (MS), Recife (PE), e Maceió (AL).
Estrutura para crimes
Segundo relatórios elaborados pelos policiais durante a fase investigativa, após identificarem as vítimas e decidirem atacar os alvos quando não havia ninguém em casa, os suspeitos usavam carros dublês para acessarem os residenciais e usavam ferramentas para arrombamento.
A polícia civil também informou que o grupo se preparava para furtar, sem a necessidade de violências nas ações, mas que se preparavam com armas de fogo, caso houvesse algum tipo de resistência.
Após um roubo em Alagoas, em maio deste ano, onde outros quatro suspeitos foram detidos, a polícia conseguiu mapear a estrutura operacional da quadrilha e a forma como escolhiam suas vítimas. A investigação mostrou que os suspeitos tinham acesso a um banco de dados com informações financeiras e profissionais dos alvos.
Monitoramento das vítimas
Com detalhes sobre salários, automóveis e outros itens de alto valor, os suspeitos passavam para a fase de monitoramento das vítimas. A quadrilha utilizava uma estrutura semelhante a uma central de telemarketing, realizando ligações automáticas diárias para verificar se os moradores estavam em casa, o que era crucial para o planejamento dos roubos.
Os presos serão indiciados por roubo, furto e associação criminosa, enquanto a polícia continua a investigação para identificar e prender outros membros da quadrilha.
