A confusão envolvendo as torcidas de Náutico e CSA no dia 6 de agosto foi encerrada nessa segunda-feira (4). Tanto o Timbu quanto o Azulão foram julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por conta de cantos homofóbicos proferidos pelas torcidas no dia do confronto. E ambos tiveram multas salgadas. O time azulino terá que pagar R$ 5 mil como punição.
Já o Náutico, mandante do confronto, terá que desembolsar R$ 8 mil. O CSA foi enquadrado no artigo 243-G, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que diz:
"Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
Inclusive, o CSA escapou de uma punição mais dura, já que a multa poderia alcançar o valor de R$ 100.000. No julgamento, o Azulão foi representado pela advogada Pamella Saleão.
O pagamento deve ser feito em até dez dias após o julgamento concluído. Assim, para evitar uma outra punição, o CSA precisa pagar até o fim da próxima semana.
Durante a partida entre Náutico e CSA, pela Série C do Brasileirão, o árbitro Dyorgenes José Pandovani (CBF/ES) relatou gritos oriundos dos torcedores. Tanto a torcida alvirrubra quanto a azulina ecoaram cantos de teor homofóbico, segundo a súmula do confronto.
"Fui informado pelo 4º árbitro da partida, que o delegado do jogo ouviu da torcida do CSA, que se encontrava ao (sic) de um dos gols, um cântico homofóbico que mencionava a palavra "no c* da barbie", fato este que não foi observado por mim", relatou.