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20/05/2023 às 08h15min - Atualizada em 20/05/2023 às 08h15min

Governo quer anunciar no dia 25 medida para baratear carro popular; veja planos em estudo

Presidente Lula afirmou em evento no início de maio que preço de R$ 90 mil 'não é popular'. Nesta semana, governo conversou com montadoras para desenhar alternativas.

Por G1

O governo federal quer anunciar no dia 25 de maio, Dia da Indústria, uma medida para baratear os carros populares. Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para reduzir os preços.

A intenção de baratear carros populares foi manifestada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso no dia 4 de maio.

No início da semana, representantes das montadoras se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Governo e empresas discutiram algumas opções, ainda sem chegar a um formato final.

Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, são maiores no carros mais caros.

Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.

Saque do FGTS

O caminho defendido pela indústria é a possibilidade de os trabalhadores poderem sacar uma parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -- 10% ou 15%, por exemplo. E usar esse valor para trocar o carro usado por um novo.

Isso poderia ser feito via medida provisória, caso haja consenso dentro do governo.


Tributos

Também foi discutida uma eventual redução de tributos.

Na reunião entre governo e montadoras, foi ressaltado que o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) -- um tributo federal -- já é reduzido para carros populares.

Para ser efetiva uma queda de impostos, as medidas precisariam envolver tributos recolhidos pelos estados, como o ICMS.

A alíquota de ICMS já é reduzida para carros de passeio e qualquer queda de arrecadação precisaria ser compensada pela União. Isso passaria por uma negociação com as secretarias estaduais de Fazenda.


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