As pessoas com o sistema imunológico comprometido não conseguem eliminar adequadamente o vírus, o que permite que ele se replique e sofra mutações repetidamente. Este processo pode levar ao surgimento de novas variantes mais adaptadas ao ambiente.
Os cientistas sequenciaram amostras do vírus presentes no sangue coletado do paciente ao longo do estudo – logo após o diagnóstico, ao final do primeiro mês, em três meses e ao final do sexto mês – para estudar sua evolução.
No início da infecção, o vírus causou o mesmo nível de fusão e morte celular que a subvariante BA.1. Com o passar do tempo, ele evoluiu e foi responsável por mais morte e fusão celular, levando ao aumento da inflamação nos pulmões.
Com seis meses, aproximadamente no dia 190 da infecção, o vírus se tornou semelhante à versão ancestral, identificada em Wuhan, considerada mais letal do que a Ômicron. A descoberta sugere que as mutações podem levar a uma nova variante que causa mais quadros graves e mortes.
“O vírus inicial foi atenuado. No entanto, pelos parâmetros que medimos, ele tornou-se mais forte, mostrando que a evolução de longo prazo nem sempre leva a uma variante mais fraca. Portanto, a próxima cepa principal, se vier, pode não ser necessariamente tão leve quanto a Ômicron“, escreveu Sigal no Twitter.