Em depoimento ao delegado Fabio Costa, responsável pela investigação do caso, ele alegou que efetuou o disparo para repelir agressão que teria sofrido da vítima - o crime aconteceu durante uma discussão por um acidente que deixou a rua onde a vítima residia sem energia. A pistola Taurus 9 milímetros, que estava em posse dele e foi usada na investida, foi apreendida e será periciada pelo Instituto de Criminalística (IC).
Apesar de ter se apresentado, o agente de trânsito não ficará preso. Não há mandado de prisão contra ele expedido pela Justiça.
A Polícia Civil (PC) ingressou com representação, no fim de semana, pedindo a prisão temporária do servidor, mas o juiz plantonista entendeu que a solicitação não preenchia requisitos de urgência para ser analisada no plantão judiciário, sendo distribuída para uma Vara Criminal do Tribunal do Júri. A petição ainda não foi analisada.
No interrogatório, o suspeito disse que o motorista por aplicativo se dirigiu a ele de maneira ríspida, inclusive usando palavras ofensivas, atitude que motivou uma reação mais enérgica.
“Ele afirmou que levou tapas no rosto da vítima ainda quando estava dentro da viatura ao ponto de os óculos caírem do rosto. Ele disse que o suposto agressor puxou sua camisa para tentar tirá-lo do carro e, neste momento, conforme revelou, pegou a arma e atirou, sem ter uma mira certa, com a única intenção de repelir a injusta agressão que estava sofrendo”, detalhou o delegado sobre a versão do suspeito.
Fabio Costa acrescentou que, no depoimento, o agente de trânsito comentou que não costumava trabalhar armado. No dia do crime, informou que tinha se esquecido de tirar a pistola da mochila após usá-la num treinamento.
Outras testemunhas do caso serão ouvidas nos próximos dias. A previsão do delegado é concluir a investigação na semana que vem.