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11/08/2022 às 10h52min - Atualizada em 11/08/2022 às 10h52min

A pedido da PF, Justiça afasta agentes públicos de Rio Largo investigados na Operação Beco da Pecúnia

Eles são suspeitos de envolvimento em desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Por Gazetaweb
A pedido da PF, Justiça afasta agentes públicos de Rio Largo investigados na Operação Beco da Pecúnia
Agentes públicos do município de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, foram afastados dos cargos, pelo prazo de 60 dias, como medida cautelar na investigação de possíveis crimes de desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com a utilização de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS).
 

O pedido para o afastamento foi feito pela Polícia Federal (PF) em Alagoas, que deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Beco da Pecúnia, para cumprir 35 mandados de busca e apreensão em 6 municípios alagoanos (Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios) e 1 em São Paulo/SP.

Os policiais também cumprem ordens judiciais de sequestro de bens móveis e imóveis para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12 milhões.

Além de afastar os agentes públicos, a Justiça também acatou o pedido da PF para que estes servidores sejam proibidos de frequentar órgãos públicos do município, de manter contatos entre si e de ausentar-se do país, devendo entregar o passaporte. A proibição também alcança a imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo/AL.
 

O que a PF investiga?

De acordo com a investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo/AL, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

A apuração identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo/AL, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade de as instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Beco da Pecúnia é uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas ao município de Rio Largo/AL, logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município.


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