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17/12/2021 às 11h42min - Atualizada em 17/12/2021 às 11h42min

Pastor chama Nossa Senhora da Conceição de 'demônio' é denunciado pela vereadora Liana Cirne

"Com seus ataques, o senhor Aijalon desrespeita nossa Fé e o direito à liberdade de culto e crença, assegurado pela Constituição Federal", disse a parlamentar petista

Por UOL
A vereadora pede respeito do pastor com as demais religiões. Foto: Arthur Marrocos/Divulgação
A vereadora Liana Cirne (PT) apresentou, nesta quinta-feira (16), representação criminal por intolerância religiosa contra o pastor Aijalon Berto.

Durante as festividades de Nossa Senhora do Conceição, celebradas no último dia 8 de dezembro, em suas redes sociais, o pastor disse que “boa parte dos recifenses, hoje prestaram homenagem a um DEMÔNIO”, atacando a Igreja Católica e os fiéis que compareceram à Festa do Morro.

Em sua postagem, o pastor Aijalon Berto afirma que a Festa do Morro é uma homenagem ao demônio e atribui a violência e a desigualdade social no Estado à Nossa Senhora da Conceição e à fé dos católicos.

“Com seus ataques, o senhor Aijalon desrespeita nossa Fé e o direito à liberdade de culto e crença, assegurado pela Constituição Federal”, disse a parlamentar petista.

“Não é a primeira vez que o pastor ataca fiéis de outras religiões. Desta vez foi nossa Igreja Católica, mas ele também já foi intolerante com as religiões de matriz africana. Em julho, apresentamos representação contra o mesmo pastor por uma série de ataques à intervenção artística 'Do Orun ao Aiye: Afrika Elementar', no Túnel da Abolição da Benfica”, afirmou.

De acordo com a parlamentar, na ocasião, a intervenção artística foi denominada por Aijalon Berto como portal em reverência a demônios ancestrais e geracionais.

A vereadora subiu o Morro da Conceição "de joelhos" na madrugada do último dia 8 para pagar uma promessa.

"É inadmissível que, em pleno século 21, ainda estejamos assistindo a cenas de intolerância e perseguição religiosa como essas. O Brasil é um Estado laico e garantir a liberdade religiosa é um dever de qualquer parlamentar.”
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