Desde o fim de setembro, o Ministério da Saúde indica a aplicação da dose de reforço em pessoas acima de 60 anos, além de integrantes de grupos de risco, como pacientes em quimioterapia, com imunodeficiência, pessoas que vivem com HIV/Aids, entre outros casos.
Para esse público, as doses eram aplicadas após seis meses do ciclo vacinal completo, ou seja, depois da segunda aplicação das vacinas da Pfizer, Coronavac e AstraZeneca ou após uma aplicação do modelo da Janssen, que é administrado em dose única.
Com a mudança anunciada nesta terça, o intervalo será reduzido para cinco meses apos o ciclo básico.
As diretrizes do Ministério da Saúde sobre a campanha de vacinação servem para orientar estados e municípios, mas não há uma obrigação de seguir o governo federal. Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e alguns municípios já anteciparam a mudança e reduziram de seis para cinco meses o intervalo para aplicar a dose de reforço.
"Com isso, vamos ter uma cobertura maior da população e evitar o que tem acontecido na Europa", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O Brasil tem 58,9% da população com o primeiro ciclo vacinal completo. Cerca de 75,7% da população recebeu ao menos uma dose. Os dados são do consórcio formado pelos veículos Folha, Uol, O Estado de S. Paulo, Extra, o Globo e G1.
Segundo o site Our World in Data, vinculado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no percentual de vacinados contra Covid.
A informação foi compartilhada numa rede social pelo cientista Eric Topol, cardiologista, fundador e diretor do Scripps Research Translational Institute, e professor de Medicina Molecular no Scripps Research Institute. De acordo com ele, o Brasil se uniu a outros 55 países que superaram os índices americanos.
VACINAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Para a população com menos de 18 anos, no Brasil apenas a Pfizer tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicar a injeção contra a Covid em adolescentes que têm de 12 a 17 anos.
Na última sexta-feira (12), a agência recebeu o pedido de uso desse imunizante em crianças de 5 a 11 anos. A solicitação deverá ser analisada em um prazo de até 30 dias.
O Instituto Butantan, responsável no Brasil pela produção da Coronavac, afirma ter apresentado os documentos necessários para a liberação do imunizante para crianças, mas o órgão regulador nega ter recebido informações suficientes para a autorização.