Os 45 minutos iniciais foram como se espera em uma final: tensos e equilibrados. A Espanha começou com mais controle, tendo a bola na maior parte do tempo, mas o Brasil foi aos poucos equilibrando as ações do jogo. Aos 16 minutos, os europeus quase abriram o placar, após cabeceio de Oyarzabal para o meio da área, que foi desviado por Diego Carlos em direção à própria meta. Porém, o zagueiro conseguiu se recuperar a tempo e tirou a bola em cima da linha. A Seleção respondeu em chutes de Douglas Luiz e Richarlison e teve a sua melhor chance aos 38 minutos. Após cobrança de falta, o goleiro Unai Simón saiu de forma estabanada e atropelou Matheus Cunha. Após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti, mas Richarlison isolou a bola e desperdiçou a cobrança. A equipe canarinho, porém, não sentiu o baque e conseguiu abrir o placar nos acréscimos. Claudinho cruzou, Daniel Alves evitou que a bola saísse pela linha de fundo e, após brigar com dois zagueiros, Matheus Cunha bateu colocado e mandou para as redes.
Prorrogação
Após 90 minutos e mais acréscimos, Jardine enfim mexeu na equipe na prorrogação. Malcom entrou no lugar de Matheus Cunha e não só renovou o fôlego da Seleção como também passou a criar as principais chances do Brasil, na ponta esquerda. E quando parecia que o 1 a 1 não sairia do placar, repetindo o enredo da final da Rio-2016, foi o camisa 17 quem decidiu. Aos dois minutos do segundo tempo, Malcom recebeu ótimo lançamento de Antony, invadiu a área e chutou forte, cruzado. A bola ainda tocou no goleiro espanhol, mas foi parar no fundo das redes. Depois disso, a pressão espanhola não foi suficiente para furar o bloqueio brasileiro, que garantiu o bicampeonato olímpico.