O prefeito JHC entregou, nesta quarta-feira (30), os certificados aos guardas municipais que participaram de um treinamento para o enfrentamento e prevenção da violência contra mulheres e meninas em Maceió. O objetivo é fortalecer o Programa Salve Mulher, com atendimento às vítimas de forma humanizada.
“Isso demonstra que a Prefeitura está no caminho certo, que é o de criar políticas públicas de proteção e combate à violência contra a mulher. Por isso, coordenamos e conseguimos uma estruturação para viabilizar a Casa da Mulher e acolher essas vítimas, e agora estamos indo adiante, capacitando os nossos servidores. A capacitação e é um grande exemplo para outras cidades”, disse o prefeito.
Proximidade
Uma das servidoras que participou dos cursos foi Magda Martins, guarda municipal há 16 anos. “Me sinto capacitada para trabalhar com esse público. Vamos chegar mais próximo dessas vítimas, identificá-las e saber quais os meios que devemos procurar para proteger essas mulheres”, afirmou.
O subinspetor e coordenador de Segurança Comunitária, Ederaldo Oliveira destacou que a capacitação também contribuiu para que os profissionais criem mecanismos para não propagar ações de misoginia, termo usado que versa sobre repulsa ou desprezo pelas mulheres e valores femininos.
“Destaco que a misoginia está entranhada em nossa classe. O curso ajudou a entender e criar mecanismos para que esses comportamentos não se propaguem e que a gente acolha essas vítimas. É só o começo de extensão de uma rede de acolhimento das pessoas vítimas de violência”, disse.
No primeiro dia de curso, os participantes tiveram a disciplina de Violência Sexual e a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), ministrada pela coordenadora da RAVVS, Camille Wanderley.
Nos outros dias, temas de prevenção a violência foram ministrados pela delegada da Mulher, Rosemeire Chaves; a major Danielli, da Patrulha Maria da Penha Estadual; além da coordenadora do Gabinete de Políticas Públicas para as Mulheres de Maceió, Ana Paula Mendes.
O secretário de Segurança Comunitária e Convívio Social, Thiago Prado, ressaltou que esse é o primeiro momento para formar um grupo de dinâmica no trabalho de atender vítimas de violência.
“Estamos capacitando os guardas para lidar com essas vítimas, e esse é o primeiro momento para formar um grupo na dinâmica de trabalho, além de outros que também serão capacitados para que a gente crie forças. A partir de agora, as mulheres se sentirão protegidas e saberão para onde ir, e qual órgão recorrer”, falou.
Alagoas é o primeiro no ranking do Nordeste e o quinto no Brasil, em relação aos dados de feminicídio. Somente na pandemia, os números cresceram em 200%.
Sthefane Ferreira / Secom Maceió