Gareth Bale concedeu uma longa entrevista à edição mais recente da revista britânica GQ, na qual falou abertamente sobre diferentes momentos da carreira, incluindo sua convivência com Cristiano Ronaldo no período em que dividiram o vestiário do Real Madrid, entre 2013 e 2018.
“Na verdade, não mantenho contato com muitos dos antigos companheiros, com exceção de alguns dos rapazes do País de Gales, mas sempre me dei bem com todo mundo. Nunca tive problemas com ninguém. Nunca tive grandes discussões. Às vezes a imprensa falava de mim e do Ronaldo, mas nunca tivemos nenhuma questão, nunca tivemos discussão, nunca tivemos briga, nunca tivemos nada”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o fato de já estar aposentado aos 36 anos enquanto Cristiano Ronaldo deve disputar a Copa do Mundo de 2026 por Portugal aos 40, Bale disse que isso já não o afeta. “Se me tivessem perguntado isso há um ano, eu não teria me sentido bem, por dentro, mas agora estou do outro lado, satisfeito. Joguei futebol outro dia e, sim, definitivamente eu não teria condições de continuar. A decisão foi correta”, comentou.
“As pessoas não sabem, por isso inventaram aquele slogan”
O ex-atacante, que também brilhou por Southampton, Tottenham e Los Angeles FC, onde encerrou a carreira em 2022, voltou a falar sobre a bandeira exibida em 2019, após a classificação do País de Gales para a Eurocopa, com a frase “País de Gales. Golf. Real Madrid”.
“Esse slogan é a única coisa pela qual sinto que fui injustiçado. Ninguém sabia quanto golfe eu realmente jogava. Se eu lhe perguntar agora quanto golfe acha que eu jogava, você provavelmente diria três ou quatro vezes por semana, certo?”, disse, recebendo resposta afirmativa.
“Eu jogava uma vez a cada duas ou três semanas e somente no meu dia de folga. Nunca joguei golfe durante oito horas. Sempre fui muito profissional quanto a isso, mas as pessoas não sabiam, então inventaram aquele slogan”, explicou.
Sobre o momento em que a bandeira viralizou, Bale recordou: “Tínhamos acabado de nos classificar para a Euro, então eu estava comemorando. A equipe inteira estava lá e, de repente, alguém colocou a bandeira na minha frente. O que eu deveria fazer? Não podia jogar a bandeira do meu país no chão, seria a pior coisa possível.”
“Eu nem toquei fisicamente na bandeira, o que para mim foi importante, porque pensei que não era eu fazendo aquilo, eu só estava celebrando com meus amigos. Depois, aconteceu o que aconteceu. Fui completamente massacrado. Senti-me injustiçado, porque tudo se baseou em desinformação”, concluiu.
Fonte: Notícias ao Minuto


