Ações de preservação da Caatinga e soluções para a viabilização de crédito a pequenos e médios agricultores, com prioridade ao desenvolvimento sustentável. Um tema importante que envolve os municípios do Sertão de Alagoas será discutido entre prefeitos, secretários e órgãos federais e estaduais na reunião da Associação dos Municípios Alagoanos, da próxima segunda-feira (dia 28).
O encontro tem como objetivo fortalecer a cooperação entre governo federal, estadual e municípios, com interlocução da AMA, para ações de educação ambiental e uso sustentável do solo.
Vão participar representantes de órgãos estaduais como a Emater, Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Para o presidente da AMA, o avanço de práticas irregulares está, muitas vezes, ligado à desinformação, e a atuação conjunta das instituições pode reverter esse cenário. “Estamos tratando de uma preocupação iminente. ” Essa será uma reunião para que possamos discutir a preservação da Caatinga que é um dos principais biomas do Estado. É de muita importância e relevância para o nosso estado.”, declarou Marcelo Beltrão.
A sugestão da AMA, já discutida com o Ibama é que se possa oferecer orientação técnica completa, com foco no desenvolvimento sustentável. “Vamos tratar de assistência técnica, da produção agrícola dentro da legalidade. É possível plantar milho, plantar feijão e, acima de tudo, preservar a nossa Caatinga”, completou.
O superintendente do IBAMA, Rivaldo Couto, destacou que o objetivo central da reunião é garantir segurança jurídica e promover o uso correto dos recursos naturais pelos produtores. “Vamos orientar tecnicamente os secretários e os proprietários rurais do Sertão da Caatinga para que façam o uso do solo da forma correta, incentivem o cadastro ambiental e ajam dentro da lei. Queremos preservar o bioma com segurança e continuidade”, afirmou.
Rivaldo também ressaltou a importância da cooperação com a AMA na mobilização dos gestores municipais e no engajamento das comunidades rurais. “A Caatinga pode e deve ser utilizada com responsabilidade. A presença dos municípios é essencial para que esse trabalho chegue na ponta e faça a diferença”, concluiu.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, caracterizada por um clima quente e seco, com longos períodos de estiagem e vegetação adaptada a essa condição, que perde suas folhas na seca, dando à paisagem uma aparência esbranquiçada, daí o nome “mata branca” em tupi-guarani. Em Alagoas ocupa cerca de 44% do território.
Fonte: AMA