LIVIA CAMILLO
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O período de trégua entre Palmeiras e WTorre, administradora do Allianz Parque, pode estar ameaçado. O gramado voltou a ser motivo de incômodo para o técnico Abel Ferreira e o elenco alviverde.
Gramado ruim “é o que tem”
Apesar de ter sido trocado em 2020 -e ter validade de 10 anos —, o gramado do Allianz deve ser trocado novamente no fim deste ano, a pedido do Palmeiras. A qualidade do campo é motivo de incômodo interno do clube há alguns meses.
Abel Ferreira voltou a falar abertamente sobre as condições ruins, colocando a culpa pelo desgaste do gramado no alto número de eventos. Em dezembro de 2023, o treinador também fez críticas e, em 2024, a WTorre fez uma reforma no sintético.
“Eu sou muito sincero. Está ruim o gramado. Com a quantidade de eventos que tem, como que vai trocar? Só se for no final do ano. É o que é”, disse Abel Ferreira, em coletiva após Palmeiras 1 x 0 Grêmio.
Além do técnico, o zagueiro Gustavo Gómez, uma das lideranças do elenco, também alfinetou o campo. O jogador destacou que o Allianz é “a casa do Palmeiras”, mas deixou subentendida a insatisfação.
“É difícil, mas é o que tem. Aceitamos isso, é nossa casa. Temos que aceitar e bola para frente”, disse Gustavo Gómez, em zona mista.
Só em 2024, o Allianz foi usado em 77 datas, entre jogos, shows e outros espetáculos, registrando R$ 241 milhões de receitas. O acordo prevê pagamento de R$ 50 milhões à vista da construtora ao clube.
Antes do acordo, Palmeiras e WTorre entraram em conflito, em janeiro de 2024, por causa das condições do gramado do Allianz, que precisou ser reformado. A intervenção incluiu a retirada do composto termoplástico e a aplicação de cortiça, material que aproxima a superfície da grama natural e ajuda a manter a temperatura mais baixa por ser um isolante térmico.
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Fonte: Notícias ao Minuto