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Lewis Hamilton vive inferno astral em primeiro ano na Ferrari

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(FOLHAPRESS) – Heptacampeão mundial, Lewis Hamilton chegou à Ferrari nesta temporada carregando muito mais do que seus títulos, levou consigo o peso das expectativas e o desejo de provar que ainda pode se reinventar. O piloto mais vitorioso da história da F1 tenta reescrever sua história na mais tradicional e vencedora equipe do automobilismo.

Hamilton tomou decisões importantes na carreira. Em 2012, deixou a britânica McLaren -equipe que o projetou para a F1 e onde conquistou seu primeiro título mundial- e foi para a alemã Mercedes. O movimento parecia arriscado, mas deu origem a uma das parcerias mais bem-sucedidas do esporte: foram seis títulos no campeonato de pilotos (2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020) e sete no mundial de construtores (2014 a 2020).

Na Ferrari, porém, a fórmula parece não se repetir. O atleta tem seu pior desempenho na F1 até aqui na escuderia italiana. O ponto alto da temporada do britânico foi a vitória na sprint -prova mais curta no sábado- realizada na China, em março.

Em 2025, Hamilton não subiu ao pódio nenhuma vez em Grandes Prêmios. São 20 corridas fora do top 3 -número que supera a marca do francês Didier Pironi, piloto da Ferrari em 1981 e 1982, que precisou de 18 corridas para terminar no pódio. Esse é o maior jejum de pódios de um atleta pela equipe de Maranello.

A sequência de resultados abaixo do esperado se refletiu em declarações de Hamilton. Na Hungria, em julho, por exemplo, terminou em 12º e se descreveu como “inútil”, sugerindo que a escuderia procurasse um novo piloto. Na Bélgica, em agosto, classificou sua atuação como “definitivamente um fim de semana para esquecer”.

Parte das frustrações do britânico se dá por limitações do carro, a SF-25, somadas a decisões técnicas da equipe. Em Ímola, em maio, o atleta comparou a inconsistência dos freios com uma “loteria”. No Canadá, em junho, comentou que o carro “não queria virar” em curvas de baixa velocidade. Já no Azerbaijão, em setembro, disse não estar confiante na desaceleração quando pisava nos freios. Reclamações sobre a degradação dos pneus e a falta de aderência também apareceram em outros momentos da temporada.

Fred Vasseur, chefe da Ferrari, admitiu ter subestimado o desafio da adaptação de Hamilton. “Foi uma mudança enorme para o Lewis em termos de cultura, de pessoas ao redor dele, em termos de software, em termos de carro, em termos de qualquer tópico. Foi uma grande mudança que talvez tenhamos subestimado, Lewis e eu”, disse.

A Ferrari não vive uma boa fase -fato que também já foi constatado por Charles Leclerc, seu companheiro de equipe. “Não sei bem como reverter essa situação, porque não temos peças novas nem nada para o carro”, disse o monegasco à F1, em outubro, em Singapura.

“Demos passos à frente [no começo da temporada], mas os outros também deram, então a diferença permaneceu praticamente a mesma, e então a Red Bull deu dois passos à frente na temporada. Agora a Mercedes parece ter dado esse passo à frente e nós somos os únicos que não encontraram essa solução”, afirmou Leclerc.

A McLaren, com Lando Norris e Oscar Piastri, garantiu o título de construtores com seis provas de antecedência e já soma 713 pontos neste ano. A Ferrari, em segundo lugar, contabiliza 356, mas não tem folga no ranking com outras equipes. A Mercedes está somente um ponto atrás. Já a Red Bull, na quarta colocação, tem uma desvantagem de apenas dez pontos em relação à escuderia italiana.

Na primeira temporada de Hamilton na F1 em 2007, na McLaren, o piloto venceu quatro corridas e subiu ao pódio outras oito vezes, totalizando 109 pontos na temporada -com sistema de pontuação diferente do atual. No ano seguinte, venceu seu primeiro título mundial. Ao estrear na Mercedes em 2013, repetiu um ciclo sólido: conquistou cinco pódios, incluindo uma vitória, e somou 189 pontos.

Hamilton chega a Interlagos em sexto lugar no campeonato de pilotos, com 146 pontos -64 atrás de Leclerc, que ocupa o quinto lugar. O melhor resultado do britânico até agora foi chegar em quarto em quatro corridas -Emilia Romanha, Áustria, Inglaterra e Estados Unidos.

Para o heptacampeão, o sonho de trazer o título mundial a Maranello, em jejum há quase duas décadas, continua em 2026, quando novo regulamento técnico entra em vigor.

A Fórmula 1 chega a Interlagos para o GP de São Paulo, que pode definir o campeão de 2025. Lando Norris e Oscar Piastri lideram a disputa ponto a ponto, enquanto Max Verstappen tenta reagir. A etapa marca ainda o retorno de um brasileiro à pista, com Gabriel Bortoleto

Folhapress | 14:00 – 04/11/2025



Fonte: Notícias ao Minuto

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