A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) realizou nesta quinta-feira (14) uma formação para gestores e profissionais que atuam em órgãos e equipamentos da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Com o tema “Violência de Gênero: desafios e encaminhamentos práticos”, o evento aconteceu na Escola de Governo de Alagoas e contou com a participação de representantes do Estado e municípios.
O momento de aprendizagem e troca de experiência foi fruto da parceria entre a Semudh e o Mapa de Acolhimento, que é uma iniciativa da sociedade civil presente em todos os Estados e que oferece atendimento jurídico e psicológico a mulheres vítimas de violência.
Com o objetivo de fortalecer a rede de enfrentamento do Estado, a formação contou com palestras, dinâmicas e trocas de experiências de atendimento e acolhimento. O momento de aprendizagem também propiciou um maior diálogo entre os órgãos e mecanismos municipais de políticas da mulher, direitos humanos e assistência social com o Governo do Estado.
“A necessidade de promover uma formação continuada para gestoras, gestores e profissionais que acolhem e atendem a mulher é constante. Precisamos ter uma rede integrada e bem articulada para garantir a segurança e a vida digna para todas as alagoanas”, afirmou a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva.
A gerente de Articulação e Execução de Políticas para a Mulher da Semudh, e coordenadora da Central de Atendimento à Mulher (Ceam), Martha Cardoso, explicou que eventos como esse são importantes para alinhar a atuação em conjunto. “Nós temos muitos desafios, principalmente em relação a fluxos e encaminhamentos. Essa parceria com o Mapa do Acolhimento possibilitou um maior atendimento, onde ouvimos e capacitamos mais municípios e órgãos do Estado”.
Já a analista jurídica do Mapa de Atendimento, Márcia Ribeiro, vê o diálogo entre a rede como uma estratégia importante para a erradicação do machismo e todos os seus desdobramentos. “Essa formação visa explicar os aspectos que levam à violência, como realizar o atendimento adequado e como a rede pode se tornar cada vez mais eficaz no enfrentamento ao feminicídio. Nós entendemos que a capacitação é de grande valia e tem poder para causar um grande impacto na atuação dos servidores do Estado e dos municípios”, afirmou.
Participaram da formação quinze municípios, além da Casa da Mulher Alagoana, Rede de Atendimento às Violências (RAV), Patrulha Maria da Penha, Arsal, Seris, SSP e Secdef. Durante os próximos meses acontecerão mais momentos como este com órgãos e equipamentos que realizam o atendimento à mulher vítima de violência.