Mais um preso pela agressão da transexual Grazi teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Desta vez, trata-se de Genilson de Melo Viana, de 30 anos, que foi preso na quarta-feira (6). Em depoimento, o homem disse que foi chamado pelo primeiro preso, Kayque Silva dos Santos, para cobrar uma dívida de R$ 900 da vítima. Ao fim, ele receberia R$ 100 pelo serviço.
Nessa quarta (5), a Justiça converteu para preventiva a prisão em flagrante de Kayque Silva, de 20 anos, que foi detido na terça (4), em Santana do Ipanema, pelo mesmo crime. Kayque e Genilson ficarão presos por tempo indeterminado. A decisão é do juiz Bruno Massoud, que conduziu as audiências de custódia.
O jovem de 20 anos foi autuado em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio. Em depoimento, ele disse que a vítima lhe devia R$ 900 e que houve uma briga por conta disso. O jovem ainda afirmou que o dinheiro era porque a transexual pagava para ter relações sexuais com ele.
A polícia informou que Kayque foi preso com o celular da vítima. Já os parentes dele afirmaram que, na madrugada do crime, o acusado chegou na casa da mãe com a sandália suja de sangue.
No depoimento, o jovem disse que foi à residência da vítima para cobrá-la porque estava sem dinheiro "até pra cortar o cabelo". O suspeito do crime não precisou exatamente o período em que se relacionava com Grazyele, mas disse que já fazia algum tempo.
A PRISÃO DE GENILSON
Já na quarta (5), Genilson de Melo Viana, de 30 anos, foi preso em Santana do Ipanema e confessou participação no espancamento. Em depoimento à polícia, ele disse que Kayque o chamou para cobrar uma suposta dívida e receberia R$ 100 pelo serviço.
De acordo com a delegada Daniela Andrade, o homem foi pego em posse de uma mochila com roupas, o que fez a polícia acreditar que ele planejava fugir. A delegada contou ainda que ele já tem passagem na polícia pelo crime de homicídio, cometido em 2015, na mesma cidade.
O CASO
Grazi foi encontrada espancada dentro de casa na segunda (3), em Santana do Ipanema, no interior de Alagoas. Ela tem 38 anos e é funcionária de um posto de saúde, que fica em Lajeiro Grande. A vítima foi encontrada por colegas de trabalho, que, ao notar sua ausência, foram à sua procura. Eles a encontraram a porta da casa aberta e a mulher no chão do quarto, com vários ferimentos.
O primeiro atendimento foi feito na unidade de saúde onde ela trabalha. Depois, Grazi foi transferida para um hospital em Arapiraca.