Desta vez a reação do governo do Estado foi rápida. Muito mais rápida do que talvez esperasse o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas.
Nesta sexta-feira (02/6), a prefeitura da capital anunciou que estava ajuizando uma ação para cobrar do Estado dívidas de cerca de R$ 27 milhões referentes a serviços na área de saúde.
No Brasil, o sistema SUS é tripartite. Um terço da despesas fica por conta do governo federal, outro para o Estado e o outro para o município.
Mais um episódio da “briga” entre JHC e Paulo Dantas, a cobrança seria uma espécie de encontro de contas por serviços realizados pela prefeitura que não foram pagos pelo governo do Estado. E veio um dia depois que chegou a imprensa nota de hospitais particulares, cobrando pagamentos atrasados a Secretaria de Saúde do Estado.
Em resposta, nessa quinta-feira, o governo anunciou o pagamento de R$ 29 milhões aos hospitais filantrópicos e particulares e prometeu colocar em dia as dívidas na saúde em breve.
Nesta sexta-feira a resposta foi diferente. A Secretaria de Comunicação do Estado (veja abaixo) distribuiu nota avisando que a prefeitura, na verdade, deve 10 vezes mais ao governo do que o governo à prefeitura.
De acordo com o levantamento, a prefeitura de Maceió deve repasses de quase R$ 300 milhões que serão cobrados judicialmente da prefeitura.
Não ficou só aí. Agora a noite o governo divulgou um levantamento sobre a cobertura da atenção primária à saúde. De acordo com o estudo, Maceió é a capital que tem pior cobertura em todo o país
Segundo o levantamento, a cobertura de atenção primária da saúde em Maceió é de apenas 29%, única abaixo de 40% entre capitais do país.
No Nordeste, depois de Maceió, a menor cobertura é de São Luís do Maranhão, com 53%. No Brasil, a segunda pior é a de Belém, com 42%.