Se há pouco tempo, Maceió era propagada como a capital que mais vacina, este discurso não se aplica ao observar a performance da gestão do prefeito JHC (PL), na campanha de vacinação contra a Influenza. Dados do Ministério da Saúde (MS), atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mostram que a Prefeitura de Maceió não tem se dedicado a imunizar a população, e por isso, a capital está 100° lugar, com apenas 24,41% da cobertura vacinal.
Os números evidenciam, sobretudo, que a conduta política de JHC, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, reflete diretamente na campanha de vacinação. Ao longo do seu mandato presidencial, Bolsonaro agiu publicamente e administrativamente para descredibilizar o trabalho da ciência e influenciar a população a não tomar vacinas, principalmente os imunizantes contra a Covid-19.
A má gestão de JHC frente à saúde e proteção da população pode ser vista nos dados que mostram os públicos-alvo da vacinação contra a Influenza. Em relação às crianças de 6 meses a 5 anos, Maceió ocupa a 99ª posição, alcançando apenas 15,58% de cobertura vacinal; gestantes, a capital está na 95ª posição com uma cobertura vacinal de 25,85%; e puérperas, Maceió está na 97ª posição, com apenas 10,86% de cobertura vacinal.
A pouca eficácia da Prefeitura de Maceió na vacinação também atinge os trabalhadores da saúde, profissionais da linha de frente. Os dados mostram que Maceió figura na 101ª posição, praticamente na última colocação, com uma cobertura vacinal de 22,8%; idosos 60 anos ou mais, a capital está na 94ª posição, com 29,61% de cobertura vacinal; com relação aos professores, Maceió fica na 86ª posição, com 26,73% de cobertura vacinal; e indígenas, Maceió está na 25° posição, com 3,56% de cobertura vacinal.
A baixa imunização em Maceió tem sido atrapalhada não somente pela postura bolsonarista de JHC. Para ter acesso à vacinação contra a Influenza, a população precisa de informações e direcionamentos. Famílias reclamam que não conscientização por parte da prefeitura sobre a imunização.
Já os profissionais de saúde convivem com a falta de tempo para tomar as vacinas por conta da alta demanda de trabalho nas unidades de saúde. Os idosos, um dos principais alvos da campanha de vacinação, enfrentam problemas de mobilidade ou acesso aos serviços de saúde na capital.
Quando se trata dos professores, a categoria tem reclamado da falta de disponibilidade de horários compatíveis com o trabalho exercido pelos profissionais na educação da capital.
DEDICADOS A VACINAR
Por ser uma capital, Maceió recebe uma quantidade maior de doses para imunizar a população contra a Influenza. No entanto, os imunizantes recebidos não refletem a realidade de imunização quando se compara a campanha com outras cidades.
Alguns exemplos podem ser citados conforme a tabela atualizada pelo Governo Federal. A vacinação de idosos tem como destaque positivo nas cidades de Jacaré dos Homens, São Miguel dos Milagres e Quebrangulo, respectivamente.
A imunização dos profissionais de saúde avançou nas cidades de Canapi, São José da Tapera e Matriz do Camargibe. Já a vacinação para professores tem cobertura positiva em Quebrangulo, Olho d´Água das Flores e Barra de São Miguel.
Em todos estes cenários de imunização, a Prefeitura de Maceió figurou nos últimos lugares da campanha de vacinação contra a Influenza.