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17/04/2023 às 20h20min - Atualizada em 17/04/2023 às 20h20min

Vaquinha para entregador “chicoteado” com coleira passa de R$ 240 mil

Entregador Max Ângelo foi agredido com uma coleira e xingado por Sandra Mathias, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro

Por Gazetaweb
Max, a esposa e os três filhos moram de aluguel na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro
A vaquinha para ajudar o entregador Max Ângelo a conquistar o sonho da casa própria ultrapassou R$ 241 mil até às 16h desta segunda-feira (17/4). Até o momento, mais de oito mil pessoas contribuíram. Ele foi agredido, xingado e “chicoteado” com uma coleira de cachorro pela ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, no Rio de Janeiro.

Max, a esposa e os três filhos moram de aluguel na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, e têm o sonho de comprar a casa própria, mas com o baixo salário não é possível conquistar o imóvel.

O entregador também ganhou uma motocicleta e uma bicicleta elétrica na última sexta-feira (14/4), doadas pelo iFood. Nas redes sociais, Max Ângelo contou que recebeu diversas propostas de emprego e deve ir a uma entrevista de trabalho na Barra da Tijuca nesta segunda, mas preferiu não dar detalhes, para não atrapalhar a contratação.

No último domingo (9/4), a ex-jogadora de vôlei e nutricionista Sandra Mathias Correia de Sá foi flagrada agredindo e perseguindo dois entregadores negros no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. O momento foi registrado por outros entregadores presentes no local.

Nas imagens, ela reclama que os entregadores estavam andando de moto sobre a calçada. Enquanto segura a coleira do cachorro, Sandra discute com uma entregadora e a ameaça diversas vezes.

“Tu não está na favela, filha da p*ta. Tu está aqui. Quem paga IPTU aqui sou eu. Espera”, ameaça.

Momentos depois, ela parte para cima de outro entregador e chega a tirar a coleira do cachorro para bater nele, dando uma espécie de chicotada.

“Ela me tratou como se eu fosse escravo. Só que ela está esquecendo que o tempo da escravidão já acabou há muitos anos, e isso não pode acontecer. É inadmissível. Não tem como aceitar uma situação como essa”, disse Max Ângelo dos Santos.

A Polícia Civil investiga o caso.

 

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