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“Órfão” de Rodrigo Cunha, JHC busca apoio para evitar possível fracasso em reeleição

Prefeito articula com grupo político de Arthur Lira (PP), mas corre o risco de ser deixado de lado em 2024

Da redação
13/02/2023 15h31 - Atualizado em 13/02/2023 às 15h31
“Órfão” de Rodrigo Cunha, JHC busca apoio para evitar possível fracasso em reeleição
Sem Cunha, futuro de JHC está nas mãos do grupo político de Arthur Lira - Reprodução
O prefeito João Henrique Caldas (PSB) tenta juntar os cacos da tentativa frustrada do senador Rodrigo Cunha em chegar ao Governo de Alagoas. Com o fim do acordo firmado com o senador ainda em 2018, JHC agora busca recompor seu grupo político para evitar uma derrota nas eleições de 2024, quando tentará a reeleição.

O acordo com Cunha era uma ópera em quatro atos: no primeiro, a eleição de Cunha para o Senado. No segundo, a eleição de JHC para a Prefeitura. O terceiro, não concretizado, previa a eleição de Cunha para o Governo (deixando a mãe do prefeito, Eudócia, no mandato de senadora por quatro anos). Em seguida, ainda nesse contexto, os siameses apoiariam novamente um ao outro em suas respectivas reeleições.

Agora, porém, JHC precisa encarar a realidade. Com Cunha enfraquecido no estado – mesmo ocupando a 2ª vice-presidência do Senado, comprada com o voto em Rodrigo Pacheco na eleição para a presidência da Casa – o prefeito de Maceió enche de privilégios o grupo político do deputado federal e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

Dois expoentes do grupo já se preparam para desembarcar no Executivo Municipal: a ex-deputada estadual Jó Pereira (PSDB), vice na chapa de Cunha ao governo; e o também ex-deputado Davi Davino Filho (PP), candidato ao Senado na chapa do tucano.

Fortalecido nas eleições de 2022, Davi Filho deve assumir a Saúde municipal, cargo de grande visibilidade. A ideia de JHC é credenciar Davi para ser o vice na chapa de reeleição de JHC. Porém, a estratégia do grupo de Lira pode surpreender o prefeito.

Davi já foi candidato à Prefeitura de Maceió contra o próprio JHC, a quem acusou de ter recebido dinheiro da Braskem para financiar sua campanha. Com a visibilidade – e os recursos – da Secretaria Municipal de Saúde, o ex-deputado pode ser novamente indicado pelo grupo para a disputa municipal, deixando JHC a ver navios.

Sem Rodrigo Cunha, as alternativas de JHC são poucas: ou Lira ou nada. Todo cuidado é – muito – pouco.

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