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11/10/2022 às 18h55min - Atualizada em 11/10/2022 às 18h55min

NOTA MDB, PT, PC do B, PV, PDT, PSC, PODEMOS e SOLIDARIEDADE

Nenhum trama vai impedir a vontade do povo

Por Gazetaweb
O dia 11 de outubro de 2022 ficará marcado na história brasileira como o maior ataque feito contra um governador legitimamente eleito, vencedor do primeiro turno com ampla vantagem e líder absoluto nas pesquisas. Sob o comando de Arthur Lira, um segmento da Polícia Federal realizou hoje uma operação que atenta contra a democracia em Alagoas e no Brasil. A ação suspeita, realizada a menos de três semanas do segundo turno e que remonta a fatos ocorridos em 2017, culminou com o afastamento do governador Paulo Dantas e soa como uma tentativa indireta de cassação de um mandato para favorecer o candidato Rodrigo Cunha.

A vontade soberana do povo alagoano deu uma vitória de mais de 708 mil votos ao governador Paulo Dantas, uma diferença superior a 300 mil votos em relação ao candidato de Arthur Lira. O segundo turno não está sendo diferente, temos mais de 60% da intenção de votos em Alagoas. O que os últimos fatos indicam é uma tentativa de vencer a disputa na base do golpe, já que as urnas revelaram outra coisa.

Vamos ao enredo dos fatos. Em maio deste ano, a troca de superintendentes na Polícia Federal em Alagoas virou notícia nacional pela participação direta de Arthur Lira na indicação da nova delegada. Em julho, Alfredo Gaspar, aliado de Lira, usou suas redes sociais para anunciar uma operação que prenderia o prefeito de Rio Largo Gilberto Gonçalves, que conseguiu escapar pelo apoio externo de Lira.

No dia 1º de outubro, a 24h da eleição, o próprio presidente da Câmara volta a cometer abuso de poder ao ameaçar revelar os detalhes da até então desconhecida Operação Edema, chegando a ironizar que o tema mudaria os rumos do segundo turno, já elevando a suspeita de que, mais uma vez, planejava manipular a eleição de Alagoas. 

A mesma ala da PF já havia sinalizado perseguição aos adversários políticos de Lira. Policiais federais abordaram de forma ilegítima o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas Marcelo Victor no restaurante de um movimentado hotel em Maceió. Chama a atenção que o agora bolsonarista e prefeito de Maceió, JHC, o seu pai João Caldas e o delegado federal licenciado André Santos (que é funcionário da Prefeitura de Maceió) estavam no mesmo local no momento em que a PF armava a cena.

Tudo isso aponta para fortes indícios da tentativa de criar um fato político com o interesse de prejudicar a eleição de Paulo Dantas ainda no primeiro turno. Não conseguiram. Tal sequência de abusos de autoridade fez com que o presidente do MDB em Alagoas, senador Renan Calheiros, pedisse que os fatos fossem investigados no TSE.

Alagoas e o Brasil têm consciência do momento atual, onde delegados da PF que investigam familiares e aliados de Bolsonaro são exonerados ou afastados. O uso político do aparato policial é tão claro e evidente que a operação espetaculosa acontece dois dias antes da anunciada presença de Lula em um ato de campanha em Maceió.

Por fim, garantimos que estamos tranquilos e de cabeça erguida. O povo abraçou nossa candidatura, que foi vitoriosa em 83 cidades alagoanas, e sabe que com Paulo Dantas nada vai parar. Esta armação não vai impedir nosso projeto de desenvolvimento para Alagoas. Vivemos momentos de exceção, mas estamos certos que a vontade popular vai prevalecer.
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