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24/06/2022 às 10h28min - Atualizada em 24/06/2022 às 10h28min

'É possível ter um mandante', diz delegado sobre mortes de Bruno e Dom

Eduardo Fontes afirmou que a PF ainda apura as circunstâncias dos assassinatos e nenhuma linha investigativa ficará de lado

Por Gazetaweb
Delegado falou sobre as mortes de Bruno e Dom
Em novas declarações, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Fontes, disse na quinta-feira (23/6) que as autoridades não descartam um envolvimento de um mandante nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, assassinados no Vale do Javari (AM).
 

“É possível ter um mandante. A investigação ainda está em andamento, mas a gente está apurando tudo e nós não vamos deixar nenhuma linha investigativa de lado e vamos apurar de forma técnica e segura para dizer o que efetivamente aconteceu e o que não aconteceu”, disse o delegado da PF do Amazonas ao Jornal Nacional, da TV Globo.

Em nota emitida na última sexta-feira (17/6), pelo Comitê de Crise coordenado pela Polícia Federal no Amazonas, a corporação informou que há indicativos da participação de mais pessoas nos assassinatos. Entretanto, a PF afirmou que “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.

Com a conclusão do trabalho de perícia, os corpos dos dois foram entregues às famílias na quinta-feira.

Também na quinta, outro homem se apresentou à Polícia afirmando ter envolvimento nos assassinatos. Gabriel Pereira Dantas abordou policiais militares na Praça da República, na capital de São Paulo.

Dantas relatou que, após participar das mortes do indigenista e do jornalista inglês, fugiu para Santarém, Manaus, Rondonópolis e, finalmente, São Paulo. O homem de 26 anos decidiu se entregar porque estava na rua e não aguentava mais a situação.

Gabriel relatou em depoimento à Polícia Civil de São Paulo que estava morando em Atalaia na casa flutuante de um “rapaz” que conhecia “há muito tempo”. Dantas estava escondido da facção criminosa Comando Vermelho.

“Eu fui pra lá para ficar tranquilo, porque eu tinha sido ameaçado de morte em Manaus. E lá eu conheci o Pelado”, afirmou mencionando Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos.


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