Apesar da capital dispor de um sistema de monitoramento de trânsito, com câmeras dispostas em várias ruas e avenidas, segundo o órgão, essa fiscalização é responsável por lavrar as infrações de circulação como conversão proibida e avanço de semáforo, por exemplo. E esses flagrantes vem aumentando nos últimos anos.
Os dados da SMTT apontam que, de janeiro a maio de 2020, foram contabilizadas 943 infrações por dirigir segurando o celular; já manuseando o aparelho, foram 1.333. No mesmo período em 2021, foram 1.305 por dirigir segurando o dispositivo e 1.403 por manusear. Este ano, nos cinco primeiros meses, o órgão já registrou 992 infrações por segurar e 1.456 por utilizar. Segundo Glauco Oliveira, esse aumento pode ter grande relação com o período pandêmico vivenciado pela população.
“O que acontece é que em 2020 tivemos a pandemia da Covid-19 e a circulação de pessoas foi reduzida, ou seja, a quantidade de veículos nas vias era bem menor. Em 2021, tivemos momentos de flexibilização e aos poucos a rotina foi voltando ao normal. Isso, automaticamente, nos traz o retorno de muitas pessoas nas ruas, com seus veículos e assim, os flagrantes acabam sendo constantes e o aumento considerável de acordo com os dados do órgão”, colocou.
O Código de Trânsito Brasileiro considera como infração média dirigir falando ao celular. Isso gera uma multa de R$ 130,16 com soma de 4 pontos na carteira de motorista. Já segurar ou manusear o aparelho ao volante é considerada uma infração de natureza gravíssima com soma de 7 pontos na carteira e multa de R$ 293,47.
“Antes só havia a primeira definição desta infração mas o código passou por várias atualização e essas duas seguintes foram incluídas”, acrescentou Glauco Oliveira. Se pesa no bolso do motorista o valor cobrado pela infração, há algo mais importante que o assessor lembra.
Usar o celular no trânsito pode ocasionar sérios acidentes e este é o aspecto que deve ser levado em consideração pelos motoristas. “Pagar uma multa, ter pontos na carteira podem parecer algo irrelevante. Mas quando trabalhamos nas intensas fiscalizações para coibir a prática desses motoristas é com o intuito de preservar vidas. Uma simples distração pode acarretar acidentes graves, causar mortes. Por muitos momentos quando chegamos em cenários de colisões fica perceptível que o motorista fazia uso do aparelho. É preciso entender que há um grande risco nessa ação e é necessário que os condutores se conscientizem”, finalizou o assessor técnico.