De acordo com a fiscalização dos técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (Sedet), os poços de visita estavam acima da sua capacidade, com gordura em todo interior, causando assim a obstrução.
Devido à obstrução dos poços, os resíduos foram diretamente para a rua e, consequentemente, para a rede de drenagem, que recebe as águas da chuva. Na sequência, seguiram para a estação elevatória, o que ocasionou a mistura de esgoto e águas pluviais.
Em razão desse quadro, a Sedet vai intensificar as fiscalizações que já ocorrem diariamente, de forma integrada, em uma operação direcionada aos bares e restaurantes da região, por conta do grande volume de gordura encontrados nos poços de visita. Embasado na Lei 6.961/19, o empreendimento que for flagrado com acúmulo de gordura será autuado pelo Município.
Esforços concentrados
A Prefeitura de Maceió considera as chamadas “línguas sujas”, localizadas em algumas praias da capital alagoana, um grave problema provocado pelo descaso na prestação do serviço de esgotamento sanitário.
As ligações clandestinas e transbordamento de esgoto são recorrentes na cidade, por causa da falta de manutenção e requalificação da rede de esgotamento sanitário, responsabilidade da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), nas últimas décadas, e, mais recentemente, pela atual concessionária BRK Ambiental.
O secretário-adjunto do Meio Ambiente de Maceió, Ismar Macário, questiona o fato de o Município ter sido autuado recentemente pelo IMA. “Soa como simplificação do problema que tem causado danos e impactos ambientais à cidade e à população. Fugir das obrigações não ajuda e, sim, causa ainda mais transtornos”, disse o gestor em relação ao IMA, que, segundo ele, deveria ter fiscalizado a antiga e a atual concessionária.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da BRK e aguarda uma resposta.