No Rio de Janeiro, a Polícia Civil ficou mais de um ano investigando a quadrilha e descobriu um esquema que, só nos últimos meses, movimentou mais de 13 milhões de reais. Eles desenvolveram uma estrutura sofisticada que envolvia a participação de gerentes de bancos, dois Policiais Militares, um Policial Civil e muita tecnologia.
De acordo com as investigações, tudo era comandado por Eduardo da Costa Pereira, conhecido como Frango ou Edu Miami. Nas redes sociais, ele se apresentava como empresário e investidor. Mas essa não era a origem de tanto dinheiro. De uma sala comercial em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, ele comandava uma verdadeira central de golpes.
Na investigação que levou à prisão de Eduardo esta semana, o que surpreendeu a polícia foi o uso de informações extraídas de bancos de dados da própria polícia.
O esquema funcionava assim: um sargento e um capitão da Polícia Militar acessavam o sistema e identificavam possíveis vítimas para os golpes. E um Policial Civil, também do Rio, buscava dados de pessoas mortas. Os três repassavam as informações para Eduardo. Depois, a quadrilha acionava seus integrantes dentro dos bancos: gerentes que participavam do esquema. Os criminosos usavam cartões de crédito clonados e cheques com assinaturas idênticas às originais.
Eles vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato, entre outros crimes.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, disse que as instituições estão comprometidas com o aprimoramento constante dos sistemas de segurança das instituições, para garantir a eficiência das operações financeiras cotidianas de milhões de brasileiros. E que os bancos atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.
A defesa de Eduardo da Costa Pereira afirma que aguarda o início do processo penal e acesso aos autos para se pronunciar. O Fantástico não conseguiu contato com a defesa de Max William Gonçalves Campos.