Como mostra a última rodada da pesquisa, a percepção que têm os senadores da possibilidade de avançar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro é muito baixa. Oito entre dez dos entrevistados considera que o afastamento não tem a mínima chance.
Esse estrato não é muito diferente se considerados somente os deputados e senadores vinculados aos partidos que hoje buscam viabilizar uma terceira via na disputa presidencial de 2022, e que estariam vinculados às legendas que mais lucrariam em tese se Bolsonaro não estivesse no páreo.
Consideradas somente as repostas dos deputados e senadores filiados ao PSDB, PSD, PDT, Rede, Cidadania, DEM, MDB e Solidariedade, somam-se 30 parlamentares. Como os demais, eles foram convidados a avaliar, numa escala de 1 a 5, se concordam com o impeachment.
Desses 30, 15 deles (50%) deram nota 1. Quatro deram nota 2 (13,3%). Quatro também deram nota 3 (13,3%). Dois deram nota 4 (6,7%). E cinco deram nota 5 (16,7%).
Esse estrato encontra paralelo com os demais feitos na pesquisa. Enquanto todos os parlamentares que se declararam da base do governo assinalaram 1 como resposta (nível de concordância muito baixo, ou discordância total), entre os oposicionistas há divisão. Há uma nota 1 e uma nota 2 (nível de concordância muito baixo) e várias notas 4. Houvesse simetria perfeita na polarização, nesse caso, todas as notas da oposição deveriam ser cinco.