O crime ocorreu após a mulher chegar ao comércio da família, na Praça Benedito Calixto, no Centro, por volta das 22h de sábado (2). O local fica a 350 metros do 1º DP da cidade. Ela estacionou o carro e, ao sair, foi cercada por cinco criminosos, que anunciaram o assalto.
Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, a prima de Tomie, Rafaela Kohani Aoki, afirmou que três bandidos puxaram a mulher e simularam uma briga. "Na hora, eu não sabia que era ela, não tinha visto. O moço [criminoso] começou a gritar 'tá doidona, tá doidona', para acharem que era briga entre casal, que era o que todo mundo estava achando. Depois, parece que iam tentar ir para cima do moço, foi aí que ele pegou a arma e disparou para o alto", explica ela.
Segundo a estudante, todo mundo se jogou no chão, e ela ouviu três disparos. Dois deles acertaram Tomie, sendo um na cabeça e um no abdômen. A tia da autônoma, Lúcia Watanabe Muniz, afirmou que o pai da jovem, que também estava no local, foi socorrer a pessoa que havia sido baleada, sem saber que se tratava da filha.
"Meu cunhado foi lá acudir a pessoa e, quando ele viu, era a filha dele. Ele não acreditou. Uma moça trabalhadora, guerreira, e ter acontecido isso com ela não é justo", declarou a familiar. Após o crime, o bando fugiu em dois carros, sendo um deles o da vítima. O veículo dela foi abandonado e incendiado na Rua Vinte e Um, no bairro Bopiranga.
Tomie foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, já desacordada, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia Seccional de Itanhaém e será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade. A Polícia Civil trabalha para identificar e localizar os autores do crime.