A Vigilância Sanitária de Maceió realizou nesta quinta-feira (17) uma fiscalização educativa em haras da capital e identificou irregularidades em relação à alimentação e higiene dos animais. Os estabelecimentos têm o prazo de 30 dias para sanar as inadequações.
O órgão decidiu visitar cinco estabelecimentos situados no bairro da Serraria após receber denúncias da população sobre as condições em que os equinos eram mantidos. A ação contou com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), além da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs).
De acordo com o coordenador da Vigilância, Airton dos Santos, entre as irregularidades encontradas, estava a alimentação dos animais, com capim inadequado. Os médicos veterinários que atuaram na ação explicaram que o feno é o mais indicado para os cavalos, mas outros tipos de capim, que podem conter agrotóxicos, estavam sendo usados.
“Eles podem usar outro tipo de capim, mas de origem conhecida e segura, para que os animais não tenham cólicas. Há capins que podem conter veneno e podem até levar o animal à morte. Os proprietários também usam trigo, milho ou ração, mas tudo deve estar armazenado em tambores fechados para evitar ratos”, detalha o coordenador.
Também foram verificadas as condições das baias onde ficam os animais. Elas apresentaram tamanho adequado, mas tinham graves problemas de higienização. “Cheias de urina e fezes. Os cuidadores usam pó de serra no chão, mas demoram a trocar e isso atrai muitas moscas e mofo”, relata Santos.
Os veterinários recomendaram o uso de areia no lugar do pó de serra e a troca periódica, além de pintura interna e externa das estruturas.
A Adeal também recomendou que os animais passem por exames para identificar zoonoses que podem levar à morte, como a anemia e o mormo, esta última transmissível para o ser humano.
Os haras foram notificados e, após o encerramento do prazo, passarão por nova fiscalização.