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01/11/2022 às 20h06min - Atualizada em 01/11/2022 às 20h06min

Bloqueios em rodovias contra resultado das urnas após derrota de Bolsonaro entram no 2º dia

Atos com interdições começaram horas após o anúncio da vitória de Lula (PT); PRF falou em 271 obstruções de vias na manhã de terça

Por Gazetaweb
Rodovia Castello Branco bloqueada na altura de Osasco, na manhã desta terça-feira (1º)
Os bloqueios de rodovias por bolsonaristas que protestavam contra o resultados das urnas na votação de domingo (30) para a Presidência da República entraram no segundo dia nesta terça-feira (1º). Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desta manhã indicava 271 pontos com vias obstruídas.

Na segunda-feira, os bloqueios haviam ocorrido em ao menos 23 estados e no DF, em 338 pontos.

Ainda na madrugada de terça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para confirmar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PRF e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias. A PRF informou, no início desta manhã, já ter desfeito 192 manifestações em rodovias federais, mas não detalhou onde.

Na segunda, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) publicou uma nota de repúdio aos protestos, classificando-os como "antidemocráticos". "Vivenciamos uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos de não aceitação do resultado das urnas. Precisamos respeitar o que o povo decidiu nas urnas: a vitória de Luís Inácio Lula da Silva", diz o texto.

A maior parte dos bloqueios era total na segunda-feira, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar nas vias tomadas pelos caminhoneiros. A maior parte das estradas onde houve bloqueios era federal, mas também houve atos em rodovias estaduais. Os bloqueios ocorrem principalmente nos estados do Sul e do Centro-Oeste do país.

Em nota enviada ainda na segunda, a Polícia Rodoviária Federal afirmou ter tomado, desde domingo, todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo. No fim da manhã desta segunda, a corporação chegou a informar que negociava com manifestantes e que havia acionado a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa órgãos do governo em ações judiciais, para apresentar os pedidos à Justiça Federal.


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