Na segunda-feira, os bloqueios haviam ocorrido em ao menos 23 estados e no DF, em 338 pontos.
Ainda na madrugada de terça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para confirmar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PRF e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias. A PRF informou, no início desta manhã, já ter desfeito 192 manifestações em rodovias federais, mas não detalhou onde.
Na segunda, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) publicou uma nota de repúdio aos protestos, classificando-os como "antidemocráticos". "Vivenciamos uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos de não aceitação do resultado das urnas. Precisamos respeitar o que o povo decidiu nas urnas: a vitória de Luís Inácio Lula da Silva", diz o texto.
A maior parte dos bloqueios era total na segunda-feira, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar nas vias tomadas pelos caminhoneiros. A maior parte das estradas onde houve bloqueios era federal, mas também houve atos em rodovias estaduais. Os bloqueios ocorrem principalmente nos estados do Sul e do Centro-Oeste do país.
Em nota enviada ainda na segunda, a Polícia Rodoviária Federal afirmou ter tomado, desde domingo, todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo. No fim da manhã desta segunda, a corporação chegou a informar que negociava com manifestantes e que havia acionado a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa órgãos do governo em ações judiciais, para apresentar os pedidos à Justiça Federal.